domingo, 8 de abril de 2007

A mesma vaca de sempre?

Outro dia desses, reencontrei uma colega de escola do primário. Sim, pode fazer as contas... Se eu ainda digo primário, já passei dos trinta. Então, faz trinta anos que eu comecei a estudar com a vaca em questão... Tenho 37 anos e não vejo o menor problema em dizer isso. Estou mais bonita, modéstia à parte, do que aos 17 ou 27... Deve ser a proximidade da idade da loba, hahahaha. Claro, já não é tão fácil emagrecer... Ganhar músculos, então, que sacrifício que é...

Bom, voltando à vaca fria. Estudamos juntas não por um ou dois anos, mas até o primeiro ano do científico (eu ainda digo científico, cruzes!): nove anos juntas. Ela nunca foi minha melhor amiga, mas convivíamos pacificamente. Ela era da turma das descoladas. Era bonitinha, mesmo. E eu, da turma das inteligentes, as CDFs, rsrsrs. Eu, que não tenho a melhor das memórias a reconheci no momento em que a vi. Mais gordinha, mais velha, mas ainda lembrando a menina do primário. Chamei-a pelo nome e perguntei se ela se lembrava de mim. Ela, simpática como poucas, apenas disse : "Não, não me lembro." Só isso. Sei lá, quando eu não me lembro de alguém, e isso acontece sempre, pois a minha memória é traidora demais, trato me desculpar, tento reunir informações que me façam lembrar da pessoa.

Certas vacas não vêm com o acessório básico "educação e simpatia" no pacote, fazer o quê? Ah, me esqueci de dizer, nos encontramos na sala de espera do curso de inglês de nossos pimpolhos. Ou seja, nos veremos todos as segundas e quartas durante um bom tempo.

Minha mãe, ao ouvir o ocorrido me perguntou se ela estava bonita ainda. Envelhecida, bastante envelhecida, foi a minha resposta. "Ah, está explicado, minha filha! Inveja", vaticinou (palavra chique, não é?) my mother. Bom, como é de domínio público, mães são nossas fãs número um. A minha não é diferente. Para ela sou sempre mais linda e inteligente do qualquer vaca que ouse me ignorar.

Agora, quando a encontro, tento ser simpática, mas não consigo disfarçar um certo ar de vaca superior que me acomete quando estou zangada. Claro que sei que ela pode não se lembrar de mim. Mas eu me lembro que ela bem metidinha e fofoqueira. E até que me prove o contrário, continua a mesma.

2 Comentários:

Blogger Blog da Mélica disse...

Estou passando para te desejar uma Feliz Páscoa! Que seja um momento de muita tranquilidade e reflexao.. beijos!

8 de abril de 2007 às 14:40  
Blogger DM disse...

Pois é AP, já tive uma passagem semelhante a sua, reencontrando colegas antigas da escola ... Mais ou menos a mesma coisa, guria chata, que no tempo de escola se achava melhor que as outras, etc... Por coincidência, me achei muito, mas muito melhor do que ela ... É vacas ruins em tempos de escola, parecem envelhecer mal ...

DM

8 de abril de 2007 às 16:51  

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