sexta-feira, 30 de novembro de 2007

VISÃO PERIFÉRICA

Sem sombra de dúvida, a mais crucial e irrefutável diferença entre nós vacas e nossos companheiros de rebanho reside naquilo que usualmente costumamos chamar de visão periférica, assim entendido, aquela capacidade que a maioria dos seres pensantes têm de enxergar um pouco além daquilo do que simplesmente se encontra postado a nossa frente, ou seja, tudo aquilo que acontece concomitantemente também ao nosso redor. Subjetivamente: Tudo aquilo que acontece nas “entrelinhas” da vida bovina!

Toda a vaca assim considerada “normal”, certamente possui essa visão periférica, para quase todos os tipos de situações específicas da vida.

Já nossos adoráveis companheiros de rebanho a possuem, é claro, mas de forma bem mais limitada e singular. A visão periférica masculina geralmente se encontra alijada a motivos específicos de ordem sexual e técnica, e... é SÓ! Mais do que isso, é pedir ou esperar demais, bois simplesmente não detêm visão periférica além de suas limitações genéticas. Questão de DNA. E fim.

Na realidade, ao longo de minha co-existência com bois, vislumbro apenas dois exemplos na prática, onde a visão periférica masculina funciona excepcionalmente bem:

1 – A visão periférica e a postura dos bovinos em um bar ou em qualquer lugar público do gênero:

Nesse tipo peculiar de situação corriqueira da vida, a visão periférica dos bovinos se mostra mais do que acirrada, por conta de sua questão sexual particular e específica. Ou seja: a visão periférica bovina masculina, ali funciona como um radar de última geração, capaz de em fração de segundos detectar os melhores peitos e bundas das vacas freqüentadoras do lugar, mesmo quando diante da vaca de suas vidas, ou daquelas que assim elegeram como tal. E nessa questão, se iludir é pura perda de tempo. Eles olham para todas as vacas transeuntes sim, e invariavelmente traçam comparações. Certamente os bovinos mais educados e da quase extinta espécie “cavalheiros” são por certo mais discretos na questão, mas que igualmente olham, ah, isso eles olham mesmo, e trata-se de um fato inconteste.

2- Visão periférica bovina masculina de cunho técnico:

Já para questões de natureza técnica, vislumbra-se também que a visão periférica bovina masculina funcione de forma quase que infalível. Noções quase que exatas de distâncias mínimas, altura, largura, pesos e medidas de um modo geral, são conceitos abstratos que a quase grande maioria dos bovinos detém como que por osmose. E, nisso, eles inegavelmente se mostram superiores às vacas. Não é à toa, que foram os próprios bois que inventaram aquela absurda regra do futebol chamada impedimento, e que poucas vacas conseguem compreender, justamente por envolver conceitos de distâncias...

Sou levada a crer que tamanha “cancha” nessa área específica (noções quase que exatas de tamanho, cumprimento, largura), talvez advenha do exercício bovino masculino diuturno de medir o próprio “pinto”, desde que tomam consciência de que o tal membro adicional de sua anatomia, possui mais do que uma função específica.

Agora, para todo o resto, a visão periférica bovina masculina se mostra, restrita, inócua ou quase inexistente. E exigir-se o contrário, parece querer demais.

Um boi comum simplesmente não consegue enxergar nada mais além do que um palmo diante de seu nariz, em especial para aquelas questões de ordem estritamente pessoal, que por certo prescindem e necessitam de uma maior abstração.

Bois não se prestam a elocubrar ou intelectualizar como nós vacas, situações pueris, simples e até cotidianas. Ou seja: Ao longo de quase mais de cem mil anos de co-existência humana/bovina na terra, nenhum boi que se preze, possui ainda a honrada capacidade de sublimar sua questão sexual, em situações do tipo “delicadas”, a capacidade de lembrar de detalhes específicos de determinada coisa ou assunto que tenha se passado em um curto espaço de tempo, e de enxergar realidades ao redor sempre constatadas a olho-nú por nós vacas.

Permanecem assim, os bois interagindo com suas vacas, de forma quase que impensável, guindados pelo mero instinto, sendo talvez essas as possíveis e determinantes causas de nossos usuais e rotineiros problemas de relacionamento.

Contrariamente aos bois, nós vacas permaneceremos sempre atentas, como um cão pastor, aos detalhes da periferia circundante do rebanho próprio. As atitudes provocativas de determinadas colegas do rebanho, das ex-vacas do boi, de sogras, colegas, amigos e afins.

Azar dos bois! Pois também no mundo da visão periférica, o pior cego, continua sendo aquele que não quer apreender ou não sabe como enxergar!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O outro lado da moeda

No último post, eu publiquei um pedacinho do Guia prático para um namorado perfeito, onde as autoras admitem que sim, nós mulheres somos malucas, mesmo. Eu diria mais. Somos todos loucos, os humanos. Doidos de pedra. Homens e mulheres. Fui me informar mais sobre o assunto. Onde? Onde mais? No Google!

Olha o que eu achei: Sou pára-raio de doido

Me identifiquei de cara. Já atraí cada tipinho "normal", merecedor de camisa-de-força... Minhas histórias são tantas que poderia juntá-las num livro. Mas acho que todo mundo tem casos desse para contar... Trabalhei com um cara que dizia: "O mundo é assim: se cercar, vira manicômio.".

Em busca do namorado perfeito


Eu sempre gostei de seriados americanos... Podem atirar pedras no telhado do meu curral, não tô nem aí. Gosto, mesmo. Desde de Perdidos no Espaço (sim, já passei dos 30, os mais novos nem vão saber do que se trata!). Fui com a cara de Desperate Housewives desde o primeiro capítulo. Eu via, na época do lançamento, um pouco de mim nas quatro protagonistas: na dona de casa maníaca por limpeza e por aparências, na separada que tenta recomeçar sua vida amorosa, na mãe que se mata para cuidar da casa e dos filhos, na latina mais animadinha.

Todo seriado rende frutos para a emissora, para os produtores e para os atores. Os mais comuns são cd's e dvd's da série e os souvenirs, como camisetas, canecas, chaveiros... Linhas de roupas, jóias e perfumes também são lançados. Mais raramente, um livro é publicado.

Felicity Huffman, a atriz que interpreta a Lynette Scavo em Desperate Housewives, escreveu com Patricia Wolff, produtora de TV americana, o
Guia Prático para um Namorado Perfeito. O livro não tem muito a ver com o seriado, mas com certeza vai embarcar no sucesso dele... Pelos trechinhos que eu li, parece que tem umas dicas bacanas e divertidas para os rapazes interessados em aperfeiçoar sua capacidade de entender, atrair e agradar às mulheres...

Nem por um segundo eu me engano. Para mim, esse é o tipo do livro que os homens vão desdenhar e que as mulheres vao devorar em poucas horas. Meninas, não vale dar o guia de presente de Natal... De qualquer forma, fica a ficha, para quem se interessou (Sim, as Vacas também são cultura!):

Guia Prático para um Namorado Perfeito
(A Practical Handbook For The Boyfriend)
Editora Gente

224 páginas
Preço: R$ 35,00


PS: Não foi uma dica para você... Início de namoro é sempre perfeito... Mas se um dia eu esquecer um exemplar por aí... Leia!

Em tempo: Lá no site da Editora Gente você encontra o primeiro capítulo para leitura. Resolvi colocar um trechinho aqui, só para eliminar qualquer impressão de que o guia seja mais um tratado que "puxa a brasa para a sardinha das mulheres". Para ler todo o primeiro capítulo ou saber onde comprar, clique aqui.

"Matemática feminina

Então, vemos as coisas de maneira diferente, mas isso não é tudo; também sentimos de maneira diferente. As mulheres estão em contato com uma variedade muito mais ampla de sentimentos do que os homens, e esses sentimentos são muito mais intensos. A lista de verificações emocionais de um homem é extraordinariamente básica:
• Estou com fome?
• Estou com sono?
• Estou com tesão?
Se ele estiver satisfeito nessas três áreas, não precisará de mais nada. A lista de verificações emocionais de uma mulher é mais parecida com um romance russo. É longa, complicada e confusa, sem falar que você gasta muito tempo procurando conhecer bem todos os personagens da trama.
Por vermos e sentirmos as coisas de maneira diferente, logo também somos diferentes no modo de tomar decisões. Vocês, homens, preferem um processo de tomada de decisões repetitivo e definido, e sempre será dessa forma. Por exemplo:
A. É hora do jantar.
B. Quero comer carne e, como o restaurante tem televisão, poderei assistir ao jogo.
C. Vamos à churrascaria do Bruno.
A equação pode ser escrita do seguinte modo: A + B = C.
Faz sentido, não é? Já para a sua namorada, o processo é mais ou menos assim:

A. É hora do jantar.
B. Pergunto se não saímos demais – ou talvez devêssemos sair mais – aliás, será que paguei a fatura do meu cartão de crédito? A churrascaria do Bruno tem uma decoração que me faz lembrar de uma festa a que fui anos atrás – e que foi horrível –, onde todo mundo riu do meu cabelo. A propósito, será que preciso lavar o cabelo se formos sair? Por que os homens sempre querem comer tão tarde? Churrasco é muito bom, mas depois vou me sentir empanturrada de tanta comida e o sexo não será tão legal. Tudo isso é demais para mim!
C. Não, não posso sair para jantar, estou cansada; por que você não consegue entender isso?

A equação dela é assim: A + B x L(!!)¸ K Ö S ³ T ** + S(R) = C
Chamamos a isso de matemática feminina.
Sua namorada acreditará que o raciocínio dela é linear e cuidadoso, que a decisão dela é lógica e justificável. Você assistirá a todo esse processo boquiaberto, em perplexo silêncio e pensará: “Ela é louca”.
Vocês, homens, fazem um grande esforço para tentar descobrir os mistérios das mulheres. Vocês dão o melhor de si. Sabemos disso. O problema não está na falta de esforço nem na falta de prática. Isso não funciona com as mulheres. A familiaridade não resulta em compreensão.
Conhecemos um homem que tem sete irmãs, e pais que têm muitas filhas. Além disso, existem os polígamos ou as celebridades que, a cada semana, aparecem na mídia com uma mulher diferente. Seria de presumir que todos eles são especialistas em assuntos femininos. Errado. O pai com suas filhas, o irmão com suas irmãs, o cara com suas seis esposas, todos eles estão igualmente no escuro quando se trata do enigma das mulheres. A propósito, não conhecemos nenhum desses artistas, mas, de acordo com as revistas de fofoca, são todos tão ignorantes no assunto quanto qualquer um que tenha um pênis.

Manter a loucura na garrafa

Sabemos que você acha que nós, mulheres, somos loucas. Não concordamos (nos conhecemos muito bem), mas não queremos que você fique assustado; por isso, preferimos “manter a loucura na garrafa” por, pelo menos, quatro ou cinco meses, até conseguirmos segurá-lo. Depois, deixamos cair aos poucos algumas gotas de nossa verdadeira essência, a verdadeira maneira de pensarmos e sentirmos. É impossível deixá-la presa na garrafa para sempre."

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domingo, 25 de novembro de 2007

Mais diferenças entre homens e mulheres

Outro dia me disseram:

Mesmo comprometidos de alguma forma, os homens sentem-se livres; mesmo solteiras, mulheres sentem-se ligadas, de alguma maneira, a algum homem.

Não é que é verdade? Conheço tanto homem por aí que diz que 'casado não é capado', 'cavalo amarrado também pasta' e outras pérolas do ideário do macho brasileiro... Homens são educados para demonstrar macheza, serem garanhões, pegarem todas, serem namoradores. a gente acaba achando isso normal. Culpa de quem? Da sociedade, do papai e da mamãe. Ontem me disseram (né, André? rs) que meu filho vai ser pegador. Dos bons. Senti uma pontinha de orgulho, pode? É anossa sociedade machista...

Mas, calma. Isso não quer dizer que mulher só tenha comportamentos exemplares... Vacas pulam a cerca. Vacas acham o pasto da vizinha mais verde do que a própria... Vacas, às vezes namoram dois ou mais ao mesmo tempo. Vacas enrolam os pobres homens. A diferença está na criação que nós mulheres recebemos e nas consequências que uma traição ou um comportamento tido como inaceitável possa acarretar. Somos criadas para sermos as mulherzinhas perfeitas, boas mães, boas mulheres, boas profissionais. Alguns poucos acreditam no modelo "dama na sociedade, vagabunda na cama". Outros, nem isso. E vamos combinar que o custo de um escorregão é muito mais alto para a mulher do que para o homem... Casamento, guarda dos filhos, imagem perante a família e a sociedade... É, amigos, não é mole ser mulher, não...

Não estou a fim de polêmica, não... Eu já traí - pelos motivos errados -, mas acredito absolutamente na fidelidade. E, desde então, quando me sinto ligada a um homem, como agora, não trairia, não.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

MERCHANDISE BOVINO

Um de meus hoobies prediletos de vaca, quando o tempo me permite, é claro, consiste em assistir preguiçosamente e de forma despretensiosa, comerciais de TV e por vezes me deparar agradavelmente com verdadeiras pérolas e genialidades desse singular universo bovino publicitário.

O que sempre me encanta em reclames e anúncios de todo o gênero é a genialidade de alguns de seus criadores, que através da exploração de uma banal situação cotidiana, exacerbam de forma bem-humorada e por vezes soberba, as vantagens e a superioridade de um determinado produto dentre outros similares, banalizando ou deixando cair no ostracismo produtos de marcas concorrentes, às vezes até de igual qualidade. E a grande sacada por certo desse genial mercado publicitário reside justamente nessa questão: em demonstrar com astúcia, inteligência e perspicácia o que realmente pode vir a fazer o diferencial em um universo repleto de uma infinidade de produtos.

Como vivemos em um mercado de acirrada concorrência tanto na esfera pessoal como profissional, transpondo o enfoque das relações publicitárias para o mundo das relações bovinas contemporâneas, acho que bois e vacas, a exemplo das grandes sacadas de marketing, deveriam se “vender” melhor no mercado bovino.

Melhor dizendo: bois e vacas, de um modo geral deveriam se exibir e se mostrar uns aos outros, de forma mais inteligente, sutil, bem-humorada e, porque não dizer, com mais elegância. Parafraseando o célebre bezerrinho “Joãozinho”, aquele das piadinhas usuais: “Propaganda é a alma do negócio”, e quanto mais inteligente e criativa ela for, as chances de êxito nesse mundo de conquistas bovino serão por certo muito melhores.

Tomemos como exemplo aqueles tipos de bois que se vendem mal, logo de cara: aqueles que se apresentam de forma nada sutil, enaltecendo seus dotes masculinos e já se auto-intitulando de garanhões. Tipo o boi que deixou um recadinho aí do lado, oferecendo seus préstimos às vacas leitoras desse blog, ou até mesmo às suas subscritoras. A menos que o rapaz seja um bovino-prostiputo ou amante-profissional, já cometeu um erro crasso de marketing bovino, pois se é mesmo garanhão, deveria aguardar o momento próprio e adequado para assim demonstrar suas aptidões na área. Pois quem diz que é alguma coisa, geralmente não o é, salvo raras exceções, é claro!

Ah! Tem também aquele tipo de boi, que já em um primeiro aproach, já vai logo enaltecendo suas conquistas na esfera material, se apresentando com frases do gênero: - Tenho uma Ferrari ou uma Mercedes vermelha na garagem, minha família usualmente passa as férias em Mônaco, meu som, meu IPOD, minha plasma de 50 polegadas e por aí vai...

Nenhum preconceito contra essa espécie de bois do tipo bem nascidos. Mas sou guindada a crer maldosamente que bois que se utilizam dessa estratégia equivocada de marketing pessoal, deixam por certo transparecer a circunstância de estarem a querer compensar alguma coisa...

- Juro, secretamente, não posso deixar de traçar algumas conjecturas sobre esse tipo de boi com imagem aparente exacerbadamente materialista. Será que o cara tem um pinto abaixo da média nacional, ou algum defeito não aparente, e a Ferrari ou a Mercedes, funcionam como uma “válvula” de compensação pessoal,vai saber?

Agora se o cara me convida em um tom causal para passear, e o tal carro é a Ferrari ou a Mercedes, sem que a propriedade de tal veículo tenha me sido de imediato já pré-anunciada, a história já passa ser outra. O efeito “sutileza” quando bem aplicado, terá no mínimo efeitos agradáveis e surpreendentes em qualquer vaca !

E o que dizer das vacas, sem a menor noção do que venha a ser “marketing-pessoal”? Sim, aquelas mesmo que vocês estão pensando.

Aquelas vacas que vestem de forma absolutamente despudorada e vulgar, onde quer que se encontrem! Por Deus! Nada contra, decotes, fendas, calças de cintura baixas, cintas-ligas e afins, mas tudo isso tem hora, data e lugar certo adequados para o uso! A menos que a vaca possua um problema de auto-estima muito baixa, e necessite de cantadas masculinas de forma diuturna, ininterrupta e patológica.
(Aí só tratando mesmo, as patologias do gênero histeria e ninfomania bovinas femininas...)

Para esses casos, só perdôo mesmo, as vacas tidas como profissionais do sexo, nessas condições esse tipo de marketing pessoal, se mostra mais do que adequado, eu diria até mesmo necessário e imprescindível, para o êxito na venda do produto final...

Mas o que eu queria dizer mesmo, é que precisamos mais do que nunca, ter um certo cuidado e atenção com a forma como tratamos, lidamos ou conduzimos o nosso próprio “marketing pessoal” sob pena de invariavelmente virmos a ser mal interpretados mesmo, e rotulados de forma equivocada por nossos colegas de rebanho!

Portanto bovinos, atentem-se em suas “relações de consumo”, por esse mundo afora,: É bom sempre ter em mente que a propaganda enganosa é agora considerada infração tipificada pelo Código de Defesa do Consumidor, sujeita à indenização pecuniária, conforme a maior ou menor gravidade da falta cometida tanto por um boi, como por uma da vaca!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

QUANDO OS BOIS AMARELAM...

Engraçada essa expressão popular “amarelar”, que quer significar e dizer com todas as letras quando alguma coisa dá ou sai errado, ou ainda, quando sai fora do previsto ou literalmente quando se falha na hora “H” em algum momento crucial da vida!

Pode-se assim dizer que um determinado boi ou uma vaca “amarelam” quando se contam com eles ou com determinada atitude destes para determinadas coisas e estes de forma absolutamente imprevisível “amarelam”, não correspondendo. assim, às nossas efetivas expectativas!

Pois é, resolvi discorrer sobre o inusitado verbo “AMARELAR”, incorporado ao idioma tupiniquim e de domínio público, comportando infinitos significados e situações da vida prática bovina, por conta de mais uma secreta confidência de uma vaca-conhecida.

A vaca em questão, havia me confidenciado em alto e bom tom, que seu boi litisconsorte (leia-se namorado há alguns poucos anos), havia “amarelado” na hora “H”. Ou seja: traduzindo para o português laico, o boi na intimidade do curral, havia literalmente “broxado”.(Com x ou ch ?)

Mais uns necessários parênteses: - Desculpem bovinos, não consegui achar no momento um sinônimo mais polido para o intrigante e por vezes inesperado “evento”. Impotência masculina momentânea, ficaria mais adequado e apropriado? -Sei não, não gosto dessa palavra “Impotência”, que invariavelmente me remete a uma verdadeira acepção de fraqueza, e até quem sabe de uma patologia mais grave. Afinal, uma singela e eventual broxada de um boi, sabe-se lá por que razões, não me parece algo assim tão “grave” a ponto de merecer um adjetivo tão emblemático e conflitante, como impotente!

Mas voltando aos desastrosos fatos relatados pela vaca: Por conta do citado evento, a vaca ficou extremamente surtada, a tal ponto de diante seu impiedoso relato, me dar uma certa, dó e comiseração pelo tal do boi , já que o momento, além de delicado para o mesmo, por certo poderia vir a macular sua masculinidade!

Pois é, e a louca da tal vaca, queria ainda encontrar justificativas “cerebrais” e de cunho psicológico para o fato, trazendo para si, infinitas culpas, questionamentos e elocubrações do tipo: Será que a culpa foi minha? Será que o boi não me acha mais atraente? Meu Deus, será que ele tem outra vaca e agora está a “falhar” comigo? Isso nunca tinha acontecido antes com a gente ...E agora, como vai ficar nosso relacionamento?

Diante de tanta neura bovina feminina, não pude deixar de refletir, intimamente: - Nossa que despreparo, que imaturidade, uma simples broxada do boi e vaca já fica surtada, desse jeito?

Mas infelizmente, existem vacas desse naipe pastando a vontade por aí mesmo... Azar do boi, que por certo não avaliou melhor a vaca!

Será que por nenhum momento possa sequer ter passado pela cabeça da tal vaca, que o boi pudesse simplesmente não estar bem, na data, hora e local do evento? Ou com algum problema no trabalho ou na família, ou mesmo acometido de algum distúrbio momentâneo de ordem orgânica?

Por essas e por outras, e mesmo embuída da mais sincera compreensão e solidariedade para com os bois, quando da ocorrência desse tipo de situação, eu diria “embaraçosa”, permaneço ainda na convicção de que a toda a sorte de problemas pessoais, por medida de cautela e precaução, por certo providenciais, devem sempre permanecer à léguas de distância do leito do curral, e isso vale tanto para bois, como para vacas!

Minimizam-se assim os riscos de uma eventual AMARELADA, desconcertante, por certo para todos!

Mas já que a “mamãe natureza”, fatalmente assim determinou que bois não podem sequer disfarçar, uma retumbante broxada, melhor mesmo transformar esse limão siciliano (daqueles bem amarelos) , em uma adorável e mais digesta limonada, (limonadas têm um tom mais esverdeado, a cor associada à esperança - quem sabe na próxima! rs rs rs ...) Afinal, bois e vacas sem distinção não são infalíveis, e tudo mundo tem mais do que o direito de “amarelar” um dia na vida!

Graças aos céus, nunca vivenciei com qualquer boi, pessoalmente esse tipo de episódio, mas ao contrário da tal vaca- surtada, acho agiria com mais naturalidade e, como manda a boa-educação buscaria mudar o “tom” da coisa toda ! Quem sabe até, talvez viesse a comentar sobre o tempo, a umidade relativa do ar, os desdobramentos do caos aéreo nacional (sem trocadilhos por favor) , e convidaria o boi para beber (mesmo sabendo de antemão que o álcool, também traz alguns resultados nefastos e broxantes para determinados bois).

Agora convenhamos, uma boa CHANDON PASSION, (aquela em tons de salmão) em uma hora dessas, por certo deixaria o ambiente mais cor-de-rosa, redundando a “AMARELADA BOVINA MASCULINA” em algo mais salutar, agradável e talvez até, deixando o boi mais relaxado e bem-humorado, diante de sua falha fálica momentânea, para então voltar a “amadurecer” novamente de forma despretensiosa e natural...

O que não dá mesmo, em uma hora dessas, é surtar que nem a tal da vaca, e sequer tentar discutir a relação bovina, logo após o evento! Nesse ponto, me vejo mais do que obrigada a ser solidária e demonstrar compaixão para com nosso amáveis colegas de rebanho:
NINGUÉM MERECE UMA VACA DESSAS NUMA HORA DESSAS !

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Olhos: ímãs ou espelhos?

Eu tenho uma amiga que a-do-ra homens com barriga de tanquinho, 'acessório' este quase essencial para que ela se interesse por um cara. Eu disse quase (antes que ela reclame comigo)! Conheço mulher que é atraída por homens com carinha de bebê ou de anjo. Umas gostam só de morenos (quem não gosta?). Outras de louros. Há as que se amarram num careca. Quase todas ficam encantadas com homens inteligentes e que as fazem rir - isso é quase um lugar-comum na lista das preferências das vacas em matéria de homem. Que bom que cada uma tem uma listinha de desejos mais ou menos particular. É a velha história do 'o que seria do amarelo se todos gostassem do azul'?

Eu, particularmente, adoro o amarelo. Amo homens inteligentes que me fazem rir. Ah, morenos. Tenho lá uma quedinha por carecas. Gosto dos altos. Decididos. Não sou louca de desprezar um tanquinho, embora não faça questão. Mas o que me atrai mais é um homem atraído por mim. Não todos, claro. O que eu quero dizer é que o homem que me agrada, me agrada mais se estiver atraído por mim.

Mas sempre que eu dizia isso para uma amiga, eu via os olhos dela arregalados e quase ouvia o 'louca' dirigido a mim que ecoava em sua cabeça. "Como assim, só homem atraído por você lhe atrai?", perguntavam sempre. Só a Beta e a Aninha me confessaram pensar assim também.

Mas hoje eu descobri que a ciência está do meu lado! A-há! Eu sabia que não era doida! De acordo com o estudo de uma universidade escocesa, as pessoas são narcisistas, gostam de ser vistas e se atraem por quem se sente atraído por elas... Os olhos do outro funcionam como espelho! E não é que faz todo o sentido? Obrigada por mostrarem que eu estava certa, senhores cientistas!

O estudo vai adiante: os escoceses afirmam que olhar nos olhos do outro torna as pessoas mais atraentes. Os nossos olhos funcionam como ímãs! E que olhar uma pessoa nos olhos e sorrir pode lhe tornar oito vezes mais atraente para o seu alvo. Eu disse oito vezes... Isso é que é poder! E viva a ciência!

O BOI OU A VACA DO MOMENTO ...

Continuamos sendo criados na ilusão e na falsa premissa de que, em um futuro não muito distante, e por conta do mero acaso, em um belo dia de sol, encontraremos ao cruzar qualquer curral ou esquina da vida, “o boi ou a vaca dos nossos sonhos” ou de “nossas vidas”. Ou seja: aquele companheiro(a) de rebanho do sexo oposto, ou não, conforme a opção sexual de cada um, que será o “grande responsável” por nossa felicidade e realização pessoais, nessa efêmera vida de coexistência bovina.

Mas, lamento confidenciar a vocês: esse boi ou essa vaca, presentes no imaginário particular de cada um, e tidos como ideais, somente cabem e se adequam perfeitamente em ensaios e cenários literários ou cinematográficos de cunho romântico.Pois na vida real, eles simplesmente não existem, pela simples razão de inexistir perfeição neste mundo. O que então dizer de simples bovinos mortais como nós?

Melhor dizendo: o boi ou a vaca, ingenuamente por nós elevados à suprema condição de “de bois ou vaca de nossas vidas”, podem até existir sim, mas em uma concepção muito mais elevada. Eles existem apenas dentro de nós, pois somos sempre nós mesmos, os grandes e únicos responsáveis pela nossa própria realização, satisfação e felicidade pessoais, mesmo quando interagimos com o sexo oposto.

Por essas e por outras, e a fim de minimizar sofrimentos e frustrações por conta dessa por vezes doentia e patológica mania bovina de idealização, deveríamos valorizar com mais atenção e afinco os BOIS E VACAS DO MOMENTO. Ou seja: aqueles bois e vacas com os quais nos deparamos cotidianamente e para os quais não damos muita atenção, por que, em um primeiro e equivocado juízo, supomos que os tais bois ou vacas nada têm a ver com a gente ou com aquilo que secretamente idealizamos... Mas como saber, se não tentarmos?

O boi ou a vaca do momento, pode muito bem ser aquele seu(a) colega(a) de trabalho, com quem por vezes você já dividiu um almoço ou lanche ou até mesmo um amigo com quem você trava longos papos via msn ou e-mail e descobre grandes afinidades, porque não ?

Existem também, aqueles companheiros de rebanho maldosa e intrinsecamente catalogados por nós, como bois e vacas para fins de sexo sem afeto (leia-se amor) e sem fins reprodutivos: aqueles que simplesmente aparecem em nossas vidas, e sem razões lógicas aparentes despertaram em nós, um momentâneo, mas não menos natural e passageiro, desejo puramente carnal e instintivo. Eu diria, aqueles bovinos equiparáveis à internet: você acessa, lê, usa, goza e depois simplesmente desliga! Porque então, não se mostrar abertos a uma aventureira e divertida investida em um ou boi ou uma vaca dessa espécie?

Por essas e por outras, por vezes acho que devemos deixar de lado, essa idealização interior , se permitindo simplesmente curtir mais alguns BOIS e as VACAS do MOMENTO, pois quem sabe dentre esses bois e vacas, propositalmente por nós ignorados, não possa surgir algum ente bovino que se aproxime um pouquinho mais, do nosso por vezes secreto e intrínseco ideal?

Segundo DARWIN, para a escolha de um parceiro, já nascemos instintiva e naturalmente seletivos, visando sempre à evolução e perpetuação da espécie. Agora, querer e exigir demais, é que não dá mesmo, pois não existe nesse infinito e infindável universo, BOIS e VACAS ideais!

Eu até hoje, pelo menos não conheci boi algum, que correspondesse a 100% às minhas expectativas. Aliás já me convenci: esse boi, só existe mesmo, em meu íntimo imaginário interior e lá permanecerá lacrado para todo o sempre! O que não implica em dizer que não se deva dar chance a experimentação dos chamados BOIS e VACAS do MOMENTO!
Perseguir um IDEAL é da natureza humana, atingi-lo é para poucos, mas a gente tem de seguir tentando! Sejamos, portanto, menos exigentes com nós mesmos e com os nossos companheiros de rebanho, pois quem sabe assim, essa vida de coexistência bovina fica mais fácil, leve e prazerosa para todo mundo! Sejam bem-vindos, portanto, os BOIS E VACAS DO MOMENTO!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Verifique o prazo de validade

Tenho um problema com prazos de validade: raramente olho os rótulos para conferí-los. Prazo de validade é considerado o tempo médio que um produto leva para se deteriorar. Este produto deve ser consumido antes do fim desse tempo, ou descartado.

Nos relacionamentos também há um prazo de validade. O pior é que não há rótulos para verificarmos a validade... Ah, a quem eu estou querendo enganar? Eu não ia olhar, mesmo... Alguns relacionamentos têm prazo de validade indeterminado - duram muito. São os "felizes (?) para sempre". Alguns duram uns anos. Outros estão fadados a durarem uns meses. Ou dias, no caso dos mais fugazes... O importante dessa história toda é que, como alimentos, medicamentos e cosméticos, usar um namoro ou casamento vencido pode ser extremamente prejudicial à saúde. À sua saúde. Só vale à pena estar dentro de uma relação enquanto ela estiver valendo ainda. Sei que disse que não há rótulos com datas para conferirmos. Mas a resposta está em você. Procure as pistas. Só você pode dizer se esse casamento, namoro, caso, ou seja-lá-como-você-chame ainda lhe faz bem. Se já lhe fez bem algum dia. O que não vale é insistirmos em usá-los depois que o prazo se acabou.

(Querido amigo, este foi para você. Você sabe. Lhe desejo tudo de bom.)




 

 

Um olhar feminino sobre o universo... digamos, bovino. Mulheres falando da vida e de outras mulheres.
Mulheres explicando às outras que, querendo ou não, somos todas umas vacas!




A calma alma má
A cor da letra
Adão Braga - Corpo, alma e espírito
Adão Braga - Conectado
Aletômetro
All Racing
Apoio Fraterno
Ansiosa e prematura
Avassaladora
Banana com peperoncino
Bomba MH
By Oscar Luiz
Coisas e tralhas - Mutumutum
Colóquio
Concerto em Dó Menor
Conversas furtadas
Eu sei, mas Esqueci
Eu sou garota?
Fábio Centenaro
Geek Chic
Gothicbox
Hipermoderna
Immortal lust
Instant Karma
Isso é Bossa Nova!
Irmãos Brain
Jornal da Lua
Juarez, o cabrito montês
Limão Expresso
Luz de Luma, yes party!
Jogando Conversa fora
Mas, bah!
Mais atitudes
Matérias repugnantes de um brejo
Melica
Memórias póstumas de um puto prestimoso
Meu cantinho
MOrsa sem pelo
Mulher é tudo bandida
Mulher Remédio
Neuróticos modernos - Filosofia mequetrefe
O estranho mundo de Mila
Oncotô?
Os pensamentos de eu e ela
Paola, a estranha
Papo de buteco
Pensar enlouquece, pense nisso
Pererecas em chamas
Pérolas políticas
Remembrança
Saber é bom demais
Sem frescura
She's like the wind
Sinceros receios
Smile
Sobre sapos, pererecas e afins
Somos todos uns cachorros
Sou para-raio de doido
Uma mente nada brilhante
Van Filosofia
Vertente
Wolverine responde



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