terça-feira, 24 de abril de 2007

Vacas discutindo a relação...

Não conheço nenhum bovino vivo, de minhas relações pessoais e mesmo fora delas, que aprecie esse tipo de diálogo, para não dizer monólogo, porque na realidade só as vacas falam, ou "discutem à relação"! Como bem lembrado pela AP, a relação das vacas com palavras é mesmo uma questão delicada, ainda mais em se tratando de uma "discussão" desta magnitude ...
Pois bem, mas nesse particular, sou um pouco – vou enfatizar – "só um pouco" solidária com os bovinos. "Discutir a relação" é mesmo um saco! (Calma bovinas! Continuem lendo, sem se irritar, que já viro o "assado" para o nosso lado!)
E a pobre e desavisada da vaca, que ousar insistir muito nessa questão, se transformará de imediato,(na visão masculina, é claro), em uma "vaca chata", pelo excesso de argumentos e pela falta de economia de palavras. Lembram-se das "vacas verborrágicas" da AP?
Mas a questão não é só essa: "Discutir a relação" é um saco mesmo, não pela simples questão "dos bovinos nunca se mostrarem dispostos a ela", mas sim porque a "relação bovina" em si já não vai bem, e dá explícitos sinais de desgaste.
E aí então, para a vaca não ir "pro brejo direto" e/ou para não haver um "estremecimento" mais sério do curral, nós vacas perseverantes que somos, e cobertas das mais boas intenções, naturalmente "tentamos estabelecer um diálogo", verbalizando aos "bois" o que dentro da nossa ótica bovina feminina particular, está nos incomodando, nos parecendo certo ou errado e/ou indo mal.
E talvez seja aí, nesse crucial ponto, o da "verbalização exacerbada" é que a citada "discussão da relação" já começa a dar "pintas" de que não vai funcionar mesmo.
E sabem porque? Simplesmente porque nós vacas estamos a anos luz de distância dos bois no que diz respeito à capacidade de verbalizar e exteriorizar questões pessoais.
Mas aí, uma vaca qualquer, por certo haverá de argumentar: É, mas se os temas abordados fossem, dinheiro, futebol ou vacas "gostosonas", a capacidade de verbalização bovina masculina, seria quase que imediata !
Pois é, vacas, não há de fato como desconsiderar tal premissa!
Mas o que eu queria dizer mesmo, é que essa questão da capacidade de verbalização, consiste em apenas mais uma, dentre as tantas diferenças constatadas existentes entre bois e vacas! Aquele velho papo, já abordado neste "blog", da utilização dos lados esquerdo e direito do cérebro, agora com comprovação científica neurológica!
Portanto, bovinas, atentem-se: Verbalizar demais, principalmente questões de ordem pessoal, por questões biológicas e antropológicas, é coisa que só funciona com as próprias colegas de rebanho e /ou com psiquiatras bovinos que estudaram e se prepararam para tal mister !
Assim, uma vez conscientes de tal realidade, sou da singular e singela opinião de que nem deveríamos mais nos cansar e chatear com essa coisa de "discutir a relação" com o bovino !
Pura perda de tempo e energia positiva, pois como vaca que sou, nas não raras ocasiões em que tentei "discutir a relação", devo confessar, haver me sentido literalmente "uma vaca judia de presépio", diante do muro das lamentações em Jerusalém!
Traduzindo: Me senti falando com um muro, uma aberração inanimada, incapaz de esboçar qualquer reação. O que convenhamos é pra lá de absolutamente irritante.
Por isso não pago mais esse "mico bovino", diante de qualquer boi, e há tempos aboli da minha pauta de vaca, a indigitada "discussão da relação"!
Assim, quando algo não me agrada, não mais coloco a situação em pauta de discussão, previamente agendada.
Devo advertir que minhas atuais táticas são novas, e ainda estão em fase experimental:
Visando exercitar a utilização do lado esquerdo do cérebro do bovino que convivo, ao invés de verbalizar tudo o que me desagrada, adotei a tática da provocação premeditada, que pode ser silenciosa ou espalhafatosa, ou seja não há meio-termo:
TÁTICA SILENCIOSA: Quando algo te desagradar profundamente, simplesmente não fale. Vaquíssimas! Vocês, não tem a real noção, de como o silêncio incomoda os bovinos! Lógico, eles não estão acostumados a vacas "não-verborrágicas", que são as habituais ....Aí o cara vem e pergunta? - Aconteceu alguma coisa que te incomodou? Então, você foi já tem a "carta branca" para "verbalizar" à vontade, com a garantia de no mínimo uns 50% de atenção! ... É só soltar o verbo...
TÁTICAS ESPALHAFATOSAS:
Mesmo chateada, ou "p....íssima" da vida, controle-se, conte até dez e convide o cara para beber, mas para beber "algo sério", muito além de um mero "chopinho". Sugiro, um destilado de boa qualidade e/ou um "champanhe". Borbulhantes costumam relaxar rapidamente, e aí então, depois do terceiro copo, e quando todos estiverem mais descontraídos, "verbalize" à vontade ! Se o cara não estiver bêbado, garantia certa de pelo menos 30% de assimilação do que você falou !
Se o "boi" é dureza mesmo, vista-se de "vaca-tiazinha", sim aquela "pseudo-sadomasoquista" com chicote e tudo, maluca de anos atrás, ou de enfermeira, colegial, assuma seu lado vaca depravada! Nenhum boi, fica insensível a isso. Garantia certa de atenção, pelo menos pela indumentária: 90% !
SE NADA DISSO FUNCIONAR: Mandem o boi, literalmente "a vaca que os pariu". Afinal, um "boi" desses, por certo, não merece uma vaca tão compreensiva e criativa como você!
EM TEMPO: Esse texto, deve ser considerado, como uma maneira "bem-humorada" de conviver com as nossas constatadas diferenças!

DM

1 Comentários:

Blogger Thiane disse...

Nossa, sensacional. Sabe que eu já usei a tática do não falar várias vezes e é mesmo ótima. Mas outro dia eu não me aguentei e tive que chamar pra uma "breve" discussão da relação. Óbvio que não resolveu nada. Então, é isso mesmo. Chega de blábláblá. A hora que não for mais da nossa conveniência...hahahahhahhah Bjs

25 de abril de 2007 às 00:06  

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