VAIDADES BOVINAS
Seu eu fosse o diabo, a “vaidade humana”, digo bovina, seria o meu pecado capital predileto. Digo isso, sem medo de errar, porque tenho assistido ao longo dessa existência bovina, colegas, amigos, vizinhos e conhecidos perderem o “prumo”, ou “pedalarem” em suas próprias vidas, por esbarrarem nesse venal e nefasto pecado.
Certamente, não estou aqui a me referir aquela “vaidade saudável”, que todos devemos ter. Afinal, se a gente não amar a si próprio, fica difícil ser amado por outros, não é mesmo ? E, convenhamos não há nada mais saudável e salutar neste mundo, do que de vez em quando, a gente alimentar comedidamente nosso próprio ego, quando alcançamos, por méritos próprios toda a sorte de coisas legais, seja em nível pessoal, material e profissional.
Mas, a vaidade doentia e absurda, e que por certo, há de fazer “o diabo rir”, é aquela que nos fazer perder a autocrítica e o bom senso. E, é nesse perigoso momento, que o bovino ou a bovina doentiamente vaidosos, deixam transparecer desvios de conduta, e se expõem de forma quase infantil, ao inevitável ridículo.
Só para ilustrar o tema em questão, vou relatar pra vocês, uma historinha casual:
Como já sabem, resido em São Paulo, capital, em um bairro de classe média alta. Em meu prédio habitam pessoas, aparentemente “do bem”, que por certo, batalham e continuam batalhando para manter esse “universo” de classe média conquistado.
Dentre essas pessoas, que convivo de forma casual, há um inusitado “vizinho bovino” ao que consta, solteiríssimo, na faixa dos 36, 37, anos, e que mora sozinho.
Gente! O cara em questão, é muito bem apessoado. Melhor dizendo, o bovino é um “gato” de se olhar, fisicamente. Um nítido, representante do sexo masculino, agraciado pela natureza, que faria muitas bovinas literalmente suspirarem ! Algo assim, entre o “George Clooney” e o “Johnny Deep”, se é que me entendem.
Para completar a descrição da “adorável” criatura, devo acrescentar, que “dá pintas” de ser bem sucedido profissionalmente, se veste como executivo, e exala um perfume, que deixa vestígios no elevador, por mais ou menos umas duas horas, sem qualquer exagero.
Ah! Ia quase esquecendo... O cara ainda, é proprietário de uma Mercedes-Benz, quase nova, e também de uma “Harley Davidson”,(pelo menos, é o que vejo na garagem), além de ter um robusto cão da raça “Labrador” lindo e bem tratado, igual àqueles que aparecem em filme inglês.
Para as bovinas “patricinhas” de plantão, pelo menos na aparência, e com tais “acessórios materiais” o bovino em questão seria um prato cheio, não é mesmo ?
Mas não se animem muito, colegas de rebanho! Lamentavelmente um cara como esse, que a “olho nu”, aparenta estar “com tudo em cima”, tropeça, no aqui citado pecado da vaidade.
Devo acrescentar, ele tropeça, e muito feio. Ouso até a dizer, que ele se “esborracha literalmente”, e toda essa beleza aparente, escoa pelo ralo, imediatamente, já no primeiro contato.
Resumindo: O bovino é pra lá de antipático, extremamente convencido e vaidoso, grosseiro, mal-educado, arrogante, se dirige a qualquer pessoa “sempre com aquele olhar de cima para baixo”, é pernóstico, superficial e pedante em qualquer comentário, por mais singelo que seja. E assim, com toda sua não discreta “pavonice” (palavra derivada do pavão),queda inevitavelmente no mais absoluto e redundante ridículo.
Já deu pra sentir, porque que o cara, com tanto atributos, ainda permanece solteiro. Opção talvez ? Pode até ser, mas acredito que, nenhuma “vaca normal”, suportaria conviver com um “ego-bovino” tão inflado como esse!
Só para terem uma idéia, ele foi carinhosamente batizado pelos vizinhos do prédio, de nada menos que: “Alberto Roberto” (Aquele personagem do Chico Anísio, do conhecido refrão: “Eu sou apenas o máximo”!)
E olhem, que não foi nenhuma vaca que o “batizou” assim. Sim, foi a ala do rebanho masculino! Aí, caberia a indagação? Seria inveja dos companheiros de rebanho?
Em minha humilde opinião, acredito que não, e vou aqui explicitamente defende-los. O boi em questão é mesmo um “porre”, um pobre de espírito, eu diria.
Mas, cá entre nós “vaquíssimas”, vocês não acham que a alcunha de “Roberto Justos”, aquele do “Aprendiz” também lhe cairia muito bem ? (Nossa ... Sou mesmo uma vaca!)
MORAL DA HISTÓRIA: Bovinos e Bovinas! Permanecem imunes ao cometimento do pecado da VAIDADE, pois ela, pode vir a ser fatal, e botar tudo, mas tudo mesmo, o que se tem de bom a perder !
DM
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