UM POUCO DE MELANCOLIA SAUDOSISTA BOVINA
Gente, depois do recente “post” da AP, ia fazer um singelo comentário. Mas não agüentei, ia ser longo de mais, então resolvi também, me pronunciar mais formalmente acerca da presente e aparente “melancolia bovina” instaurada no curral próprio e na vizinhança,com direito a nada menos que “Fernando Pessoa”...
Pois é, ao que consta, todos pareceram estar, um pouco melancólicos, neste despropositado e institucional feriado do “Dia do Trabalho”, e pelo que li, acho que ninguém se preocupou ou se permitiu estressar neste simbólico dia, com as chamadas “preocupações de trabalho”, tendo simplesmente se permitindo “devanear” um pouco, sobre qualquer evento, significativo de um passado, assim nem tão distante de todos nós, não é mesmo?
Pois é, prenúncios de outono e dias “nublados”, na vã filosofia bovina, nos remetem quase sempre a eventos passados, sejam eles agradáveis ou não ...
Um grande amor que se deixou perder, amigos que nunca mais reencontramos, momentos inesquecíveis, alegres ou tristes, que se perderam na abstração do tempo, mas que por certo, permanecem indeléveis na memória de cada um.
E, em tão propícias condições, ficou difícil mesmo, não se deixar enebriar por essa saudável melancolia bovina externada verbalmente pela AP, e pelos colegas leitores de rebanho em seus adoráveis comentários.
Pois é, meu “feriadão” não foi lá essas coisas, não fiz nada de muito legal ou excepcional, a não ser ficar com meu filho e meu bovino de plantão, com um melhor, digamos assim, “tempo de qualidade”. Mas tive também, que aproveitar o institucionalizado tempo de ócio para “administrar”, eventos materiais desagradáveis que ocorreram no curso desses dias.
E assim, com a louvável ajuda do tempo nublado, e visando aplacar a ocorrência dos citados eventos, me permiti como vocês, a uma interna e reflexiva incursão, “back to the past!”
Deixe-me propositalmente entristecer e alegrar simultaneamente, com tudo de bom e de ruim que já tinha se passado em minha singular história bovina de vida.
Sim, nessa proposital e premeditada viagem consciente ao passado, senti muita falta, pra não dizer “saudades” da minha cidade natal! Da sempre minha, “Porto Alegre”, do meu outrora “porto seguro” da minha infância e da minha inenarrável história de vida no Sul, dos amigos e parentes que lá deixei, para tempos depois dar início em “Sampa”, a uma nova história, até então absolutamente por mim desconhecida!
Nesses singulares momentos, me permiti estranhamente sentir falta de absolutamente tudo, que um dia deixei para trás, e que naquela passado parecia me “aporrinhar”: Me assolaram, saudades imensas dos churrascos de domingo em família, das “broncas” de mãe e pai em tais eventos, do chimarrão no final de tarde com as amigas, e até do pôr do sol às margens do Guaíba em finais de feriados, como este, lá por vezes, muito “friolento”! Ah! Por certo só quem possui uma “alma gaúcha bairrista“ pode compartilhar e entender essas coisas ...
Mas, ao ler o “post” da AP, e uma vez submersa no passado, reingressei também em uma saudosista viagem, à Cidade Maravilhosa, sim a adorável “vaca e amiga é carioca”, e relembrei com entusiasmo juvenil, as profanadas férias que costumávamos passar no Rio de Janeiro. Sim, “gaúchos” tem uma empatia incompreensível pelo Rio, pois todos invariavelmente lá passavam férias de inverno e de verão, nem que fosse sob o pretexto de fugir do frio!(Luís Fernando Veríssimo pode explicar com humor, isso melhor pra vocês. Se tiverem oportunidade um dia leiam.) E, aí então,senti também, saudades das minhas passagens e, paqueras adolescentes no Rio, sempre em companhia dos avós, dos memoráveis carnavais de rua, dos quais minhas avós e tias eram fãs incondicionais.
Por isso, muita tristeza ... em pleno Rio de Janeiro, local sempre elegido de férias, nunca entendi muito bem.
Em meus tempos de “teen” as nossas tias e avós, todo o mês de fevereiro alugavam um apartamento providencial na Avenida Atlântica em Copacabana, muitas vezes, uns “muquifos JK´s” E nós, em nossos rompantes adolescentes, íamos sorridentes e efuziantes para o Rio, na carona das “velhas”,literalmente como “perus”, já que a estadia era de graça, só pra desfrutar das benesses da cidade maravilhosa, hoje tão ofuscada pelo noticiário constante de violência ...
De amores passados, nem vou falar, talvez porque não tenho tantas saudades assim, vez que o “amor” atual, “apesar dos tropeços cotidianos normais”, ainda reina mais que absoluto ...
Mas tudo isso bovinos, era só para dizer mesmo, que passado é passado, e que sentir uma melancólica tristeza bovina deste é mais do que salutar, saudável e até natural ...
Assim bovinos, entristeçamo-nos sim, de vez em quando, em um dia de outono como esse, de um jeito saudável, por tudo aquilo que um dia poderia ter dado certo e não deu, por inesquecíveis momentos de alegria e por todas as experiências boas e ruins que enriqueceram por certo nossa particular história de vida, mas atentem-se com “olhos de boi” bem vivos, para presente, por que ele é tudo o que dispomos agora, e se bem vivido hoje, por certo poderá vir a fazer parte de mais uma dentre tantas memoráveis lembranças, em um breve futuro que nos espera logo ali na frente.
Lembre-se: O tempo é implacável, mas nossas “boas lembranças” também o são !
Bom reinício de semana e energias bovinas positivas a todos pois “La nave sempre vá ...”
DM
Pois é, ao que consta, todos pareceram estar, um pouco melancólicos, neste despropositado e institucional feriado do “Dia do Trabalho”, e pelo que li, acho que ninguém se preocupou ou se permitiu estressar neste simbólico dia, com as chamadas “preocupações de trabalho”, tendo simplesmente se permitindo “devanear” um pouco, sobre qualquer evento, significativo de um passado, assim nem tão distante de todos nós, não é mesmo?
Pois é, prenúncios de outono e dias “nublados”, na vã filosofia bovina, nos remetem quase sempre a eventos passados, sejam eles agradáveis ou não ...
Um grande amor que se deixou perder, amigos que nunca mais reencontramos, momentos inesquecíveis, alegres ou tristes, que se perderam na abstração do tempo, mas que por certo, permanecem indeléveis na memória de cada um.
E, em tão propícias condições, ficou difícil mesmo, não se deixar enebriar por essa saudável melancolia bovina externada verbalmente pela AP, e pelos colegas leitores de rebanho em seus adoráveis comentários.
Pois é, meu “feriadão” não foi lá essas coisas, não fiz nada de muito legal ou excepcional, a não ser ficar com meu filho e meu bovino de plantão, com um melhor, digamos assim, “tempo de qualidade”. Mas tive também, que aproveitar o institucionalizado tempo de ócio para “administrar”, eventos materiais desagradáveis que ocorreram no curso desses dias.
E assim, com a louvável ajuda do tempo nublado, e visando aplacar a ocorrência dos citados eventos, me permiti como vocês, a uma interna e reflexiva incursão, “back to the past!”
Deixe-me propositalmente entristecer e alegrar simultaneamente, com tudo de bom e de ruim que já tinha se passado em minha singular história bovina de vida.
Sim, nessa proposital e premeditada viagem consciente ao passado, senti muita falta, pra não dizer “saudades” da minha cidade natal! Da sempre minha, “Porto Alegre”, do meu outrora “porto seguro” da minha infância e da minha inenarrável história de vida no Sul, dos amigos e parentes que lá deixei, para tempos depois dar início em “Sampa”, a uma nova história, até então absolutamente por mim desconhecida!
Nesses singulares momentos, me permiti estranhamente sentir falta de absolutamente tudo, que um dia deixei para trás, e que naquela passado parecia me “aporrinhar”: Me assolaram, saudades imensas dos churrascos de domingo em família, das “broncas” de mãe e pai em tais eventos, do chimarrão no final de tarde com as amigas, e até do pôr do sol às margens do Guaíba em finais de feriados, como este, lá por vezes, muito “friolento”! Ah! Por certo só quem possui uma “alma gaúcha bairrista“ pode compartilhar e entender essas coisas ...
Mas, ao ler o “post” da AP, e uma vez submersa no passado, reingressei também em uma saudosista viagem, à Cidade Maravilhosa, sim a adorável “vaca e amiga é carioca”, e relembrei com entusiasmo juvenil, as profanadas férias que costumávamos passar no Rio de Janeiro. Sim, “gaúchos” tem uma empatia incompreensível pelo Rio, pois todos invariavelmente lá passavam férias de inverno e de verão, nem que fosse sob o pretexto de fugir do frio!(Luís Fernando Veríssimo pode explicar com humor, isso melhor pra vocês. Se tiverem oportunidade um dia leiam.) E, aí então,senti também, saudades das minhas passagens e, paqueras adolescentes no Rio, sempre em companhia dos avós, dos memoráveis carnavais de rua, dos quais minhas avós e tias eram fãs incondicionais.
Por isso, muita tristeza ... em pleno Rio de Janeiro, local sempre elegido de férias, nunca entendi muito bem.
Em meus tempos de “teen” as nossas tias e avós, todo o mês de fevereiro alugavam um apartamento providencial na Avenida Atlântica em Copacabana, muitas vezes, uns “muquifos JK´s” E nós, em nossos rompantes adolescentes, íamos sorridentes e efuziantes para o Rio, na carona das “velhas”,literalmente como “perus”, já que a estadia era de graça, só pra desfrutar das benesses da cidade maravilhosa, hoje tão ofuscada pelo noticiário constante de violência ...
De amores passados, nem vou falar, talvez porque não tenho tantas saudades assim, vez que o “amor” atual, “apesar dos tropeços cotidianos normais”, ainda reina mais que absoluto ...
Mas tudo isso bovinos, era só para dizer mesmo, que passado é passado, e que sentir uma melancólica tristeza bovina deste é mais do que salutar, saudável e até natural ...
Assim bovinos, entristeçamo-nos sim, de vez em quando, em um dia de outono como esse, de um jeito saudável, por tudo aquilo que um dia poderia ter dado certo e não deu, por inesquecíveis momentos de alegria e por todas as experiências boas e ruins que enriqueceram por certo nossa particular história de vida, mas atentem-se com “olhos de boi” bem vivos, para presente, por que ele é tudo o que dispomos agora, e se bem vivido hoje, por certo poderá vir a fazer parte de mais uma dentre tantas memoráveis lembranças, em um breve futuro que nos espera logo ali na frente.
Lembre-se: O tempo é implacável, mas nossas “boas lembranças” também o são !
Bom reinício de semana e energias bovinas positivas a todos pois “La nave sempre vá ...”
DM
6 Comentários:
Amiga, como eu disse para a Thiane... Meu pai (moooorro de saudades dele!) me ensinou que, passada a porrada inicial, um dia a saudade é um sentimento bom demais de sentir... Como essas suas lembranças, não é? Mas as saudades de amores, ah, essas saudades masoquistas...
Quanto ao Pessoa... hahaha! É amigão meu, das minhas horas deprê...
Beijo, boa noite, bom resto de semana!
Oi, meninas da Vacaria.....
Vim ler vocês.
E deixar um trago de melancolia (ainda)..
E quando a lembrança que dói é aquela que nunca vivemos?
Como apagar a dor de algo impalpável que existe apenas em nosso sonho?
A dor de um vazio... Fazemos o que com ela?
:(
Um beijo procês, queridas vaquinhas.
Oi querida Van ! Tenho adorado seus comentários, dia desses dei uma visitadinha no seu blog e adorei, mas como tava na corrida ainda não postei nenhum comentário ...
Bom melancolia do que ainda não vivemos... Tenho várias, ir a Paris por exemplo, meu atual sonho de consumo e conhecer ainda muitos outros lugares distantes ... Mas essas melancolias são bem mais administráveis que as outras em meu modo de ver ... Porque para essas existem sempre possibilidades ...
Beijos e seja muito benvinda em nosso clube bovino, afinal pelos teus textos e post, você também deve ser uma vaca do lado branco da força !!!
DM
AP, vc já tem um filho? Mas na foto você parece novinha :>) Adoro ler este blog porque vocês se sentem exatamente como eu. Poderia citá-lo no Vertente pra sempre. Meu feriado foi bom, mas também me trouxe dúvidas, melancolia e uma vontade de voltar ao passado. Mas acho que essa vontade de voltar é apenas um regresso ao conhecido, já que o desconhecido, o novo, muitas vezes cança, demanda de nós maturidade, mudanças internas e abertura. De qualquer forma, se foi é porque tinha que ir. E o que vem sempre é melhor. Por isso temos que viver o hoje e fazer hoje o melhor possível. Beijos pra vcs
Pois é Tiane! Temos que fazer do presente o melhor possível, pois o que passou passou mesmo e não volta mais, só ficam as lembranças boas e ruins ... Vazios de alma, se tem muito no presente, por isso não suporto mais adiar planos ...
Adorei seu comentário e o Vertente também !!!
Beijos
Gentem!!!!!!
Todas as Vacas estão melancólicas!
Vamos aproveitar pra fazer música, poemas e pintar quadros?
Vamos alugar várias comedinhas românticas e acompanhá-las com dez sacos de pipoca e ficar na frente da TV?
Vamos sair pra dançar e ouvir música boa e tomar alguma bebida bem exótica e colorida enquanto paqueramos o Batender?
Vamos juntar todas as vacas na casa de uma delas e pedir uma pizza enquanto comentamos o quanto somos interessantes e espirituosas e o quanto somos mais maduras e lindas do que os BOIS?
Vamos gastar uma grana em maquiagens e sapatos e bijuterias?
Vamos.... Vamos.... Vamos....
Vamos? :D
E a propósito, DM - Amei o comentário no meu humilde blog.
Espero que volte sempre!
VACAS, UNI-VOS!!!!!!!
:D:D:D:D
Beijuca a todas
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