A TRANSITORIEDADE DOS RELACIONAMENTOS BOVINOS
Na maioria dos casos, somos educados, desde a nossa mais tenra infância, a acreditar que todos os tipos de relacionamentos devam necessariamente se perpetuar no tempo e no espaço, sejam eles de que natureza forem, aqui enfocadas as relações de amor, de amizade e de trabalho.
Lembram-se das clássicas historinhas, que nos contavam quando éramos crianças? Sim, aquelas que tinham como protagonistas geralmente “princesas-vacas” e “bois-príncipes”, que após enfrentarem uma saga de bruxas-más, pedras e toda a sorte de impecilhos pelo caminho, no final eram praticamente “condenados” ao clássico refrão : Então se casaram e foram felizes para sempre ...
Pois é, mas a real vida bovina, as coisas não são dão bem assim, ou nunca se deram, sendo a por vezes dura, mas a grande verdade!
Diante das constantes mutações por que passam os relacionamentos atuais, a realidade nua e crua, é bem outra, ou seja: se casar e ser feliz para sempre, é geralmente uma rara exceção, que muitas amizades eventualmente terminam e que as relações de trabalho são mais do que provisórias, e geralmente costumam ter um começo, um meio e um fim, por vezes até já pré-determinados entre as partes. O que necessariamente nos obriga, a recomeçar e partir para novos e necessários projetos de vida, e dentre esse rol, para novos e promissores relacionamentos, por que não?
Então se tais realidades se mostram hoje tão pungentes, por que seguimos educando nossos filhos focados em exemplos tão irreais de vida? Não seria mais fácil, prepará-los para a vida, transmitindo-lhes, simplesmente a vida real ? O final da história poderia muito bem passar a ser transmitido de forma não menos lúdica e romântica, mas com uma pincelada de realismo providencial e por que não dizer, mais do que contemporânea, do tipo: Olha filho(a), o boi e a vaca vão se casar e ficar juntos e vão tentar ser felizes, mas se porventura alguma coisa der errado no meio de tal caminho, vão se separar sim, e procurar novos bois e vacas para com eles tentarem ser felizes novamente !
Bem sei que idéia soa um pouco, como anti-romântica, em um primeiro momento, até porque ninguém se casa ou se junta com um boi ou uma vaca, pensando hoje, em dividir o curral amanhã, não é mesmo?
Mas a transitoriedade das relações humanas atuais, é mais do que um fato, e nessas condições, deveríamos sim, acolher de braços abertos e sem tanta relutância, a idéia de que, se vivenciar dois ou três casamentos, nos dias atuais, se trata de algo mais do que natural, repassando essa idéia, também para as gerações futuras.
Quem sabe dessa forma os futuros bezerros, se mostrariam por certo, muito mais receptivos para essas novas estruturas familiares que inegavelmente são as atuais e assim, o eventual rompimento das relações tidas como institucionais, seria menos traumático e de mais fácil aceitação e receptividade, para todos os envolvidos na questão.
Sou vaca mais do que pós-graduada no tema, por isso acho interessante repassar a experiência adquirida, já que vivenciei esse tipo de ruptura em quase todos os pólos. Como vaca-filha de pais separados. Como ex-mulher de um boi de um primeiro casamento de 8 anos sem filhos, seguindo firme, na tentativa de ser vaca feliz. E em um segundo casamento, com um boi também separado e com duas filhas de seu casamento anterior. Em síntese: Sempre vivi e respirei toda a espécie de “rolos” bovinos da vida real ! E estou aqui, firme, forte e vitaminada !
Por essas e por outras, mais do que nunca cabe a nós, aceitarmos dentro de nós mesmos, a premissa de que os relacionamentos transitórios são hoje a regra, e não mais à exceção, como equivocadamente isso nos foi passado, tempos atrás.
Sempre é bom lembrar e passar adiante a verdadeira realidade de qualquer relacionamento, já profetizada tempos atrás, por nosso ilustre, mas nunca esquecido Poetinha, em seu antológico poema sobre o amor: “Que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure ...”
A não menos sábia cronista gaúcha Martha Medeiros, em matéria de relações humanas, também já assentou convicção nesse sentido de forma bem humorada, assim sintetizada: Melhor aceitarmos de vez, a idéia: “De que um casamento longa-metragem pode ser bem-menos aborrecido, se transformado em dois ou três-curtas”!
Portanto, insistir em ignorar essas, nem tão novas assim realidades, é assumir uma postura retrógrada diante da vida, já não repassa-las às novas gerações, é caso patológico e típico da mais pura insanidade bovina!
Lembram-se das clássicas historinhas, que nos contavam quando éramos crianças? Sim, aquelas que tinham como protagonistas geralmente “princesas-vacas” e “bois-príncipes”, que após enfrentarem uma saga de bruxas-más, pedras e toda a sorte de impecilhos pelo caminho, no final eram praticamente “condenados” ao clássico refrão : Então se casaram e foram felizes para sempre ...
Pois é, mas a real vida bovina, as coisas não são dão bem assim, ou nunca se deram, sendo a por vezes dura, mas a grande verdade!
Diante das constantes mutações por que passam os relacionamentos atuais, a realidade nua e crua, é bem outra, ou seja: se casar e ser feliz para sempre, é geralmente uma rara exceção, que muitas amizades eventualmente terminam e que as relações de trabalho são mais do que provisórias, e geralmente costumam ter um começo, um meio e um fim, por vezes até já pré-determinados entre as partes. O que necessariamente nos obriga, a recomeçar e partir para novos e necessários projetos de vida, e dentre esse rol, para novos e promissores relacionamentos, por que não?
Então se tais realidades se mostram hoje tão pungentes, por que seguimos educando nossos filhos focados em exemplos tão irreais de vida? Não seria mais fácil, prepará-los para a vida, transmitindo-lhes, simplesmente a vida real ? O final da história poderia muito bem passar a ser transmitido de forma não menos lúdica e romântica, mas com uma pincelada de realismo providencial e por que não dizer, mais do que contemporânea, do tipo: Olha filho(a), o boi e a vaca vão se casar e ficar juntos e vão tentar ser felizes, mas se porventura alguma coisa der errado no meio de tal caminho, vão se separar sim, e procurar novos bois e vacas para com eles tentarem ser felizes novamente !
Bem sei que idéia soa um pouco, como anti-romântica, em um primeiro momento, até porque ninguém se casa ou se junta com um boi ou uma vaca, pensando hoje, em dividir o curral amanhã, não é mesmo?
Mas a transitoriedade das relações humanas atuais, é mais do que um fato, e nessas condições, deveríamos sim, acolher de braços abertos e sem tanta relutância, a idéia de que, se vivenciar dois ou três casamentos, nos dias atuais, se trata de algo mais do que natural, repassando essa idéia, também para as gerações futuras.
Quem sabe dessa forma os futuros bezerros, se mostrariam por certo, muito mais receptivos para essas novas estruturas familiares que inegavelmente são as atuais e assim, o eventual rompimento das relações tidas como institucionais, seria menos traumático e de mais fácil aceitação e receptividade, para todos os envolvidos na questão.
Sou vaca mais do que pós-graduada no tema, por isso acho interessante repassar a experiência adquirida, já que vivenciei esse tipo de ruptura em quase todos os pólos. Como vaca-filha de pais separados. Como ex-mulher de um boi de um primeiro casamento de 8 anos sem filhos, seguindo firme, na tentativa de ser vaca feliz. E em um segundo casamento, com um boi também separado e com duas filhas de seu casamento anterior. Em síntese: Sempre vivi e respirei toda a espécie de “rolos” bovinos da vida real ! E estou aqui, firme, forte e vitaminada !
Por essas e por outras, mais do que nunca cabe a nós, aceitarmos dentro de nós mesmos, a premissa de que os relacionamentos transitórios são hoje a regra, e não mais à exceção, como equivocadamente isso nos foi passado, tempos atrás.
Sempre é bom lembrar e passar adiante a verdadeira realidade de qualquer relacionamento, já profetizada tempos atrás, por nosso ilustre, mas nunca esquecido Poetinha, em seu antológico poema sobre o amor: “Que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure ...”
A não menos sábia cronista gaúcha Martha Medeiros, em matéria de relações humanas, também já assentou convicção nesse sentido de forma bem humorada, assim sintetizada: Melhor aceitarmos de vez, a idéia: “De que um casamento longa-metragem pode ser bem-menos aborrecido, se transformado em dois ou três-curtas”!
Portanto, insistir em ignorar essas, nem tão novas assim realidades, é assumir uma postura retrógrada diante da vida, já não repassa-las às novas gerações, é caso patológico e típico da mais pura insanidade bovina!
11 Comentários:
ixii, atualemte estou sendo retrograda, me comporto como se outros amores não possam exitir.
tenho mesmo é que encarar estas "novas verdades".
boa semanas.
=]
Vaquinhas fiz uma indicação, na verdade uma dica para que o blog de vocês fosse incluso entre as carta do Super Trunfo Blogs da galera do Treta
são 80 cartas hoje e eles tão prometendo ampliar, vou fazer campanha por blog das vaquinhas.
Se quiserem conferir qualé do jogo ai vai o link
http://www.treta.com.br/2007/09/super-trunfo-blogs.html
Beijos
Ando transformando relacionamentos em curtas, e quer saber? A convivência com os boizinhos ficou bem mais produtiva...
Adorei o blog.
Beijos!
OLha, eu sempre vivi curtas metragens. Tive dois relacionamentos longos e com certeza, é pra nunca mais! É gostoso mudar não é? Não fico me lamentando quando uma relação acaba! É fossa para um dia ou dois! Nostalgia talvez. Mas passa. Acabou? Acabou! Começa de novo. Se começar e novo com a mesma pessoa, outro curta q começa.
O sentimento da gente muda. As atitudes das pessoas mudam conforme a mudança do sentimento. Humanos são seres estranhos!
Muito franca?
ACHO DIGNO COMEÇAR DE NOVO...Com a mesma pessoa! Começar de novo com outra pessoa! O legal é começar de noooooovo!
To Begin again and again RULES!
Tô com a Elza. A gente não pode sair por aí se comportando com se todo o relacionamento pudesse ser transitório. Não faria sentido. não haveria entrega pra esse relacionamento atual, seja ele do tipo que for... é importante termos em mente que o pra sempre pode acabar, e provavelmente vai acabar. Mas não vamos viver pela metade por causa disso.
Quanto aos contos de fadas, a frase que uso é "Foram felizes para sempre", sem a parte do casamento. Exemplo mais real do que a minha vida, meu filho não vai ver, então não preciso encher a cabeça dele com informações que ele não vai usar ainda...
Pra terminar, ai amiga, sorry... Marta Medeiros... É auto-ajuda pura...
Acho que esta na hora de escrevermos novas histórias... pra contar aos bezerrinhos esta realidade que se impõe... Quanto a viver... Enquanto dure...
Beijos Mila
Pois é AP, tem crônicas da Martha que aprecio muitas, outras nem tanto, discordo quanto a auto-ajuda, ela só externa sua própria opinião sobre as coisas e a vida... Acho que também viveu uma separação dureza e sofreu muito com isso, como tudo mundo, por isso mente aberta até para o final, e acho que mostrar aos bezerros que a vida não é cor de rosa, minimiza sofrimentos, lógico que tem de ter jeito prá essas coisas .... Mas uma coisa é certa, a gente vive começando e recomeçando, as vezes até com a mesma pessoa ou com outras... Sempre inspirando e expirando como seu novo blog !!!
Haja fôlego para essa vida de bois e vacas !!!!
Ele aprontou de novo. Vocês não imaginam minha tristeza. Mas mto mais pela burrice de ter me permitido passar por isso de novo. Vou tentar escrever algo no blog esta semana. Beijos meninas
eu aina sonho em me casar
ter filhotes
ter uma casa
mas ja to com 27 e nada até agora.
Oi DM,
Eu acho que nem tem como deixar os bezerrinhos despreparados hj em dia...Eles sentem no "próprio courinho", rs.
Eu por exemplo, que tipo de explicações poderia dar se não estas mesmas ao meu filho quando me separei do pai dele e posteriormente tive mais dois outros casamentos?
Sou da geração que conseguiu ir aos shows do "poetinha", tempos faz que adotei o Soneto da Felicidade, como ideal de vida amorosa :)
Meu bezerrinho, hoje um belo boi de 22 anos, cresceu nestas reais bases de relacionamentos e sabe aceitar muitissimo bem meu relacionamento atual, com outro atual (nem tanto) tema da vida a dois:
Namorado 18 anos mais jovem.
Amar é o melhor, em curtas, ou longas, sempre o d.e.s.e.j.o é de que seja e.t.e.r.n.o que seja então enquanto dure!
(sociedade machista)Arrisco que:
Tal mudança ocorreu pela evolução da sinceridade interna do ser humano, claro que existe ainda os que são partidários de "uma vaca-santa em casa e uma vaca-puta (redundante isso, rs) na rua" mas como evoluiram tb os bois-putos as manóbras só podem mesmo cair na honestidade, com menos enrolação e mais realidade do que é um relacionamento :)
bjs,
Martha Medeiros? Well ... tenho um livro dela aqui que nem sei mais por onde anda. Acho Maitê e Marcia Peltier muito mais interessante.
Sabe DM, não gosto muito daqueles temas que seguem a linha do faça o que digo, mas não faça o que faço porque minha vida é uma droga, mas você não precisa saber que ela é uma droga. Acredito nas relações e o quanto elas podem dar certo, mas quando acaba, então, acabou-se, ponha um ponto final e um basta. Valorizo muito mais àqueles que tentam acertar sempre, mesmo batendo a cabeça, do que aqueles que vivem eternas masturbações matrimoniais sofriveis e que tocam eternamente na tecla do dó dó dó .... "tenham dó de mim". Não tenho mais paciência para essas coisas.
Os bezerrinhos de hoje em dia, são muito mais inteligentes do que esperamos e muitos têm a grande sacação quando algo não vai bem dentro do seu lar.
A transitoriedade das relações humanas, a meu ver, sempre existiu. Principalmente com o advento do desquite/divórcio no século passado, onde, ficou tudo muito mais as claras. Talvez, a sociedade, esteja menos hipócrita nesse ponto e aprendendo a discutir o assunto de forma saudável e inteligente.
Meninas .... beijão saudoso!!
Boa Semana para vocês !!
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial