VACA-NOÉIS
Como sou agnóstica por convicção, não costumo celebrar o Natal dentro daquele enfoque ortodoxamente “cristão”. Mas assim mesmo, nesse curral particular, não se deixa de festejar o grande evento “Natal Bovino em família” dentro dos moldes tradicionais, até porque aqui reside um novilho de apenas 8 anos que ainda costuma ficar inquieto e não menos excitado, com a proximidade da data, mesmo não mais acreditando na existência da ontológica figura do tal do BOI-NOEL!
OK. – Respiro fundo e tento me consolar! Tirando o aspecto comercial e religioso da coisa toda, sou obrigada a admitir, que o Natal talvez seja a data mais emblemática para nossos tenros bezerrinhos(as), vez que embalados desde que nasceram, pelos grandes apelos comerciais de praxe, que ludicamente estão a ilustrar a data!
Sim, é mais do que certo, que invariavelmente todas as crianças sempre aguardam ansiosamente pelo BOI-NOEL, as renas litisconsortes, e sua trupe de anões ajudantes, além dos tão desejados presentes de final de ano. E assim será, para todo o sempre, a menos que haja uma absoluta e radical revolução de costumes “cristãos” e natalinos!
Bom até aí, tudo bem: - Admito, sim já fui uma novilha um dia, e na época não pensava muito diferente do meu bezerro, mas nunca tinha, desde então, me dado conta, de como o tal evento acontece e a cargo e por conta de quem...
Pois é, hoje bem mais do que crescidinha, vejo a chegada do Noel como um evento por demais desgastante para a grande maioria das vacas. Especialmente para aquelas tidas como "tradicionais", pois nessa específica data, vacas dessa espécie necessariamente precisam literalmente se “virar em quatro”.
Até hoje, ainda não descobri porque razão lógica plausível, se é que exista alguma, incumbe praticamente “SÓ” às VACAS do rebanho e não aos BOIS, a tomada de toda a sorte de providências tidas como “natalinas”.
E dentre esse rol de obrigações, aí estão incluídas prerrogativas inadiáveis como: enfeitar a casa com esmero (leia-se: montar pinheiro, botar guirlandas nas portas,verificar se ainda existem velas aproveitáveis do ano passado, gerenciar cobertas de mesa, louças e copos, e por aí vai...)
Providenciar SEMPRE, e que não falte nunca: Uma singela lembrança para os amigos e parentes mais chegados, para os amigos bois e vacas do tipo secretos do escritório e demais colaboradores, para a resposta e a remessa em tempo hábil de cartões e correspondências alusivas à data, sem falar ainda nas providências para a tal da ceia de véspera: o peru, o bacalhau ou qualquer que seja iguaria ao gosto de cada um, a imprescindível farofa, o champanhe gelado, a geladeira cheia, e todo o séquito de obrigações para que não falte absolutamente nada, na tão esperada celebração natalina! – MUUUUUUU! Assim, só mugindo mesmo, ao som do tradicional “Jingle Bells”!
Todo final de ano é a mesma missa!
Juro! Sempre fantasio secretamente nestas datas, que no próximo ano, tudo será diferente! Que me contentaria na festejada noite do dia 24 em estar em um lugar distante e aprazível, só com as “bolas” de meus amados bois por perto, que já me satisfariam como decoração natalina, e com um reles pastel, além de uma CHANDON, é claro! (Bom, dessa não abro mão mesmo, em qualquer época do ano).
Mas de nada adiantam, meus secretos e impraticáveis devaneios! Já muito antes do início de dezembro, me vejo involuntariamente obrigada, contagiada e direcionada para a “neura” natalina, e começa aí, desde então a grande empreitada de natal, e a literal correria desvairada de uma vaca !
E os bois do curral ali: impassíveis, tocando sua vida da forma mais absolutamente corriqueira e “normal”, como se nada estivesse acontecendo ao redor! Falta absoluta de “visão periférica”!
Permanecem eles assim, incólumes a pastar solenemente, no aguardo das tais providências da vaca, para que o grande evento NATAL-BOVINO, aconteça dentro dos moldes previsíveis, e da forma mais tradicional possível, ainda com requintes da mais absoluta perfeição!
Por isso admitam: por detrás do super-evento NATAL, existe sempre uma grande e porque não dizer uma prestimosa e dedicada, VACA, ao invés do tradicional BOI, tido como bom-velhinho!
O que me leva a uma indubitável e incontestável conclusão: PAPAI NOEL NÃO EXISTE MESMO, E NUNCA EXISTIU! Pela singela razão de haver nascido BOI, ou HOMEM, como preferirem!
Sem VACAS, nunca existiria o NATAL ou qualquer comemoração do gênero na forma como o conhecemos, desde nossa tenra infância. VACAS além de indispensáveis na tal data, continuam até hoje aparecendo com aquela áurea inocente de presépio, e a trabalheira toda da coisa, permanece assim mascarada naturalmente. E não há nada que mude esse “estado” de coisas, a menos que as bovinas criem coragem e se rebelem, de uma vez por todas!
Mas uma rebelião bovina feminina em pleno Natal, não me parece algo assim tão adequado, e politicamente correto... Mas um dia ainda organizo uma rebelião dessa ordem, e das grandes! Não agüento mais essas “neuras” natalinas, com data, hora e local pré-determinados!
Sendo assim .... Antecipadamente: MERRY CHRISTMAS aos fiéis bois e vacas desse curral!
OK. – Respiro fundo e tento me consolar! Tirando o aspecto comercial e religioso da coisa toda, sou obrigada a admitir, que o Natal talvez seja a data mais emblemática para nossos tenros bezerrinhos(as), vez que embalados desde que nasceram, pelos grandes apelos comerciais de praxe, que ludicamente estão a ilustrar a data!
Sim, é mais do que certo, que invariavelmente todas as crianças sempre aguardam ansiosamente pelo BOI-NOEL, as renas litisconsortes, e sua trupe de anões ajudantes, além dos tão desejados presentes de final de ano. E assim será, para todo o sempre, a menos que haja uma absoluta e radical revolução de costumes “cristãos” e natalinos!
Bom até aí, tudo bem: - Admito, sim já fui uma novilha um dia, e na época não pensava muito diferente do meu bezerro, mas nunca tinha, desde então, me dado conta, de como o tal evento acontece e a cargo e por conta de quem...
Pois é, hoje bem mais do que crescidinha, vejo a chegada do Noel como um evento por demais desgastante para a grande maioria das vacas. Especialmente para aquelas tidas como "tradicionais", pois nessa específica data, vacas dessa espécie necessariamente precisam literalmente se “virar em quatro”.
Até hoje, ainda não descobri porque razão lógica plausível, se é que exista alguma, incumbe praticamente “SÓ” às VACAS do rebanho e não aos BOIS, a tomada de toda a sorte de providências tidas como “natalinas”.
E dentre esse rol de obrigações, aí estão incluídas prerrogativas inadiáveis como: enfeitar a casa com esmero (leia-se: montar pinheiro, botar guirlandas nas portas,verificar se ainda existem velas aproveitáveis do ano passado, gerenciar cobertas de mesa, louças e copos, e por aí vai...)
Providenciar SEMPRE, e que não falte nunca: Uma singela lembrança para os amigos e parentes mais chegados, para os amigos bois e vacas do tipo secretos do escritório e demais colaboradores, para a resposta e a remessa em tempo hábil de cartões e correspondências alusivas à data, sem falar ainda nas providências para a tal da ceia de véspera: o peru, o bacalhau ou qualquer que seja iguaria ao gosto de cada um, a imprescindível farofa, o champanhe gelado, a geladeira cheia, e todo o séquito de obrigações para que não falte absolutamente nada, na tão esperada celebração natalina! – MUUUUUUU! Assim, só mugindo mesmo, ao som do tradicional “Jingle Bells”!
Todo final de ano é a mesma missa!
Juro! Sempre fantasio secretamente nestas datas, que no próximo ano, tudo será diferente! Que me contentaria na festejada noite do dia 24 em estar em um lugar distante e aprazível, só com as “bolas” de meus amados bois por perto, que já me satisfariam como decoração natalina, e com um reles pastel, além de uma CHANDON, é claro! (Bom, dessa não abro mão mesmo, em qualquer época do ano).
Mas de nada adiantam, meus secretos e impraticáveis devaneios! Já muito antes do início de dezembro, me vejo involuntariamente obrigada, contagiada e direcionada para a “neura” natalina, e começa aí, desde então a grande empreitada de natal, e a literal correria desvairada de uma vaca !
E os bois do curral ali: impassíveis, tocando sua vida da forma mais absolutamente corriqueira e “normal”, como se nada estivesse acontecendo ao redor! Falta absoluta de “visão periférica”!
Permanecem eles assim, incólumes a pastar solenemente, no aguardo das tais providências da vaca, para que o grande evento NATAL-BOVINO, aconteça dentro dos moldes previsíveis, e da forma mais tradicional possível, ainda com requintes da mais absoluta perfeição!
Por isso admitam: por detrás do super-evento NATAL, existe sempre uma grande e porque não dizer uma prestimosa e dedicada, VACA, ao invés do tradicional BOI, tido como bom-velhinho!
O que me leva a uma indubitável e incontestável conclusão: PAPAI NOEL NÃO EXISTE MESMO, E NUNCA EXISTIU! Pela singela razão de haver nascido BOI, ou HOMEM, como preferirem!
Sem VACAS, nunca existiria o NATAL ou qualquer comemoração do gênero na forma como o conhecemos, desde nossa tenra infância. VACAS além de indispensáveis na tal data, continuam até hoje aparecendo com aquela áurea inocente de presépio, e a trabalheira toda da coisa, permanece assim mascarada naturalmente. E não há nada que mude esse “estado” de coisas, a menos que as bovinas criem coragem e se rebelem, de uma vez por todas!
Mas uma rebelião bovina feminina em pleno Natal, não me parece algo assim tão adequado, e politicamente correto... Mas um dia ainda organizo uma rebelião dessa ordem, e das grandes! Não agüento mais essas “neuras” natalinas, com data, hora e local pré-determinados!
Sendo assim .... Antecipadamente: MERRY CHRISTMAS aos fiéis bois e vacas desse curral!
6 Comentários:
Nossa! Já estamos em dezembro? Uauuuu...esse ano passou rapido!
:) Nossa!
No fundo é o seguinte: do ventre da mulher nasceu Papai Noel, mas se não fosse Papai Noel, não haveriam noites estreladas e muito menos bezerrinhos sonhando com presentes e uma ceia farta (alguns só sonham)...
O único problema do Natal é aquele espirito natalino que só baixa em épocas de festas...o ano todo os neuras ficam no espirito de porco, mas no Natal, tudo e todos se transformam...até a chegada do dia 2 de janeiro quando tudo volta ao normal. Mas ainda mantenho a fé...em que algo se transforma na noite de natal.
Bom Natal vaca-mor DM!
Olha, na minha família, os homens sempre dividiram a "carga" do Natal com as mulheres: meu pai, meu ex, meu cunhado... Compra de presentes, de ingredientes da ceia, arrumação da árvore e decoração da casa. Tudo dividido. Pra mim, Natal é tranquilo, nesse ponto. Eu que sou desorganizada e não faço as compras com antecedência... Tem homem muito mais previdente e organizado que eu... O André, por exemplo, já fez as compras dele. E eu? Nem a lista!!!
eu gosto do natal, nao pelas compras, mas porque pra mim simboliza familia toda ao redor da mesa.
Ahhhhhhh....esqueci de dizer que ando atrasadissima na lista, na montagem da árvore, no lado filantropico...e blá blá blá e jingle bell...
Dezembro tinha que ser o mês mais corrido do ano?
Mas eu adoro Natal...é a época do ano em que mais fico sensivel e chorona. Adoro estar perto da minha familia e amigos. Isso sim é verdadeiramente importante para mim.
Beijos meninas
Estão propondo, portanto, que o "bom velhinho", velho batuta, possivelmente deixe tudo por conta da vaca-noel, tbm, é isso? Eu não duvidaria, realmente. Afinal, enquanto ela "só cuida da casa", ele tem que cuidar da lista de presentes, né? Separando crianças boas e más, possivelmente com critérios para lá de duvidosos. Mas "só cuidar da casa"?? O lar de nosso estimado casal natalino é uma fábrica, ora bolas! (isso ou a Coca-Cola mente pra mim... e eu ainda acredito no refrigerante)
Mas, caríssimas e estimadas bovinas, espero que não me crucifiquem por refutar-lhes o argumento, ainda que só de leve. O pior desta época não é a busca incessante por presentes e quitutes tão indispensáveis aos eventos natalinos. Mas a trilha sonora. Ah, o horror de se estar em qualquer lugar (shoppings, mercados, salas de espera) e não ter a opção de ouvir nada além de músicas de filmes do Macaulin Culkin. Ou suas contrapartes em português, gravadas na voz de Fafá de Belém. Se tiver que ouvir Jinglebell Rock ou Um Feliz Natal mais uma vez antes do dia 25 (e lá, será inevitável), eu não sei o quão distante ficarei da janela ou sacada mais próxima.
No entanto, sou obrigado a concordar... ainda não tenho bezerros a me atazanar um mês inteiro, com o natal. Poderia ser bem pior... essas músicas podiam estar tocando na minha sala, o dia inteiro.
Abraços e adorei o curral de vcs. Voltarei, com certeza.
Queridas Beth e AP :
Não estou a dizer que não gosto do "espírito natalino", da congregação familiar, que deveria ser festejada com mais ênfase, não só no final do ano, mas o ano inteiro, onde parecem aflorar os melhores sentimentos humanos... Mas em meu curral particular, meus bois simplesmente esperam anciosos pelo evento, e não movem muita "palha" não, e fica tudo muito cansativo ... Agora convenhamos, NÓS VACAS FAZEMOS A COISA TODA ACONTECER ...
TROLL - Tô com você, as músicas são de arrepiar, mas os bezerros adoram, fazer o quê ....
Beijos
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